A correta gestão ambiental é uma das preocupações do Grupo Lusiaves, cuja monitorização e acompanhamento do impacto ambiental da sua atividade tem lugar a montante e a jusante da cadeia de valor. Com uma equipa totalmente dedicada, e com muito trabalho desenvolvido no terreno, a gestão ambiental do Grupo passa por acompanhar todas as etapas da atividade industrial.
A monitorização inicia-se previamente à fase de construção, onde é realizada uma avaliação de impacto ambiental estimado relativamente ao que uma determinada unidade, e respetivo processo produtivo, vão gerar, quais os impactos ambientais daí decorrentes e como minimizá-los. A avaliação é realizada a todos os níveis: emissões, produção de efluentes, consumo de água e energia, impacto na paisagem, fauna e flora, entre outros. Esta monitorização global do processo arranca, assim, na fase prévia à construção das unidades, estende-se ao longo da fase de construção e mantém-se enquanto se verificar atividade das unidades, de modo a tentar, de forma permanente, minimizar o impacto da atividade em causa.
“O nosso acompanhamento é ao longo de toda a vida. Um projeto inicia com a administração a informar a pretensão de construir uma determinada instalação e existe logo um estudo prévio, que nos vai permitir saber as medidas a implementar durante a fase de construção e ao longo da fase de exploração”, aponta Helena Coelho, responsável de Ambiente do Grupo Lusiaves.
Monitorização do consumo de água
Um exemplo concreto da visão sustentável do negócio passa pela implementação de medidas de redução do consumo de água e de tratamento dos efluentes. O Grupo detém ETARs em seis unidades, onde se procede ao tratamento dos efluentes líquidos. Este processo é acompanhado em contínuo por técnicos especializados, quer no local quer através de um sistema de monitorização online, de modo a garantir a melhor eficiência do tratamento e descarga sem impactos ambientais. O grande objetivo do Grupo é reduzir o consumo de água e, consequentemente, ter uma menor pegada ecológica.
Energias Renováveis e Sustentáveis
A biomassa é uma das fontes principais de energia renovável utilizada pelo Grupo Lusiaves, essencial na produção de vapor de água e água quente necessários para a atividade. A energia resultante deste processo é praticamente neutra em termos da emissão de CO2. “Temos caldeiras a gás nas unidades industriais, simplesmente, para utilizar em caso de falha das caldeiras de biomassa. Ao longo do ano, conseguimos ter caldeiras a gás que apenas entram em funcionamento para a manutenção das caldeiras de biomassa. Todo o calor necessário à produção avícola é gerado através de biomassa”, detalha a responsável.
Na empresa Campoaves, o Grupo Lusiaves, em colaboração com a Universidade de Aveiro, criou uma caldeira a biomassa que utiliza, como matéria-prima, o estrume avícola para a produção de vapor e energia térmica. É um sistema duplamente eficaz, não só ao permitir a redução da emissão de CO2, como ao garantir, simultaneamente, o escoamento do estrume avícola. A criação desta caldeira é vista como um investimento estruturante para o Grupo, ao valorizar um resíduo que, até então, representava um custo e ao conceder maior independência da utilização de combustíveis fósseis.
É importante referir que todas as instalações industriais têm, também, um plano de racionalização energética, com medidas específicas que permitem reduzir o consumo de energia e tornar as unidades mais eficientes a nível energético. Para além disso, grande parte das instalações do Grupo Lusiaves estão equipadas com painéis fotovoltaicos que produzem energia limpa. “Em 2019, já produzimos sete mil megawatts de energia elétrica a partir de energia solar, os quais foram descarregados na rede pública. Cada vez que construímos novas instalações, vamos dotando-as de painéis fotovoltaicos”, afirma a responsável de Ambiente do Grupo. Um dos objetivos futuros passa por colocar painéis solares também para produção de água quente, ativo que já existe numa unidade industrial do Grupo.
Estas são apenas algumas das muitas tarefas desenvolvidas pela equipa de Helena Coelho, verdadeiras “guerreiras do ambiente”, e uma das muitas peças chave na orgânica de funcionamento de uma das maiores empresas portuguesas.